segunda-feira, 28 de maio de 2012

PENTECOSTES - 2012


Homilia de Dom Francisco Carlos no dia de Pentecostes.
Dentro do belo e entusiasmante tempo da Páscoa, a Liturgia da Igreja nos aponta para o Pentecostes, a bonita e profunda celebração da vinda do Espírito Santo. 
A Liturgia deste Domingo nos introduz na certeza de uma presença permanente em nossa vidas. Neste mês de maio dedicado a Nossa Senhora, olhemos a bem-aventurada Maria que acreditou e deixou-se conduzir pelo Espírito Santo. Em Pentecostes precisamos atualizar em nossa vidas e atitudes esse grande Dom de Deus que é o Espírito Santo derramado em nossos corações.
Nós não estamos sozinhos, o Senhor repete isso de várias maneiras. A memória de suas palavras nos conforta, como também a experiência viva da fé que não abandona aqueles que examinam cuidadosamente as Escrituras, nem aqueles que vivem suas, vidas diárias com coração generoso e acolhedor. Se medirmos as nossas forças, percebemos que somos fracos e necessitados, mas se nós reconhecermos do que fomos feitos, aquela Palavra entra em nós como Espírito vivificante, prometido para preencher nossas lacunas, para ampliar nossos horizontes e fortalecer os muros dos nossos corações estremecidos pelo medo...
Se hospedarmos o Espírito, nós cultivaremos com Ele a esperança da qual podemos ter razão com a alegria e segurança dos filhos de Deus ‘‘caríssimos, adorai ao Senhor Jesus Cristo em vossos corações, sempre prontos para responder a quem lhes perguntar o motivo da esperança que há em vós’’. A vida testemunhada também pelas motivações e aprofundamentos de nossa fé.
Pedro chamado pelo Senhor Jesus e enviado a confirmar os seus irmãos e guiar a Igreja de ontem e de hoje, convida-nos a todos a doçura, ao respeito, à retidão que faz discernir a vontade de Deus. É um caminho em direção à nossa verdadeira identidade mais profunda, que não teme ameaças externas e que é reforçada na adversidade. É então que podemos atestar a força do Espírito santo que age em nós; somente com esta disponibilidade se pode superar aquilo que sacode as águas e tira a estabilidade do nosso barco. Mudança de rumo é perigoso, arriscamos não encontrar aquele que nunca deixou de nos dar indicações claras e inequívocas para alcançar a meta, para nos mostrar o caminho mais simples e direto, aquele que, talvez, por natureza, nunca teríamos escolhido.
‘‘Quem me ama será amado por meu pai e eu o amarei e me manifestarei a Ele’’. Será possível que alguém se atemorize com um convite para amar e ser amado? ‘‘Vinde e vede as obras de Deus em suas maravilhas no meio dos homens! Vinde escutar, vós todos que temeis a Deus e narrarei o que Ele fez por mim’’.
Este é o nosso compromisso como cristãos, pequenos espelhos que refletem os raios de luz em um mundo envolto em trevas.O apóstolo Pedro, entusiasmado pelo Senhor, nos faz um convite de uma beleza surpreendente. Um apelo urgente: adorar o Senhor na interioridade, nas profundezas do coração. Um convite que se desdobra nesta solicitação: aquela de estar, sempre pronto para dar expressão convincente da própria fé com esperança. O autor sagrado também não deixa de ensinar o modo como este testemunho deve ser feito. É hoje uma recomendação ainda mais relevante do que nunca.
Acolhendo a presença do Espírito Santo prometido, e aprofundando a nossa vida de fé para dar as razões de nossa esperança poderemos, como os apóstolos, ver as maravilhas da evangelização e dos sinais pela pregação proclamada. Não é a toa que Pedro nos diz, antes de tudo: Adorai em Cristo em vossos corações. A fé é uma Pessoa. É preciso que façamos, o encontro pessoal com Ele, Caminho, Verdade e Vida, Espírito que nos convida a contemplar a verdade da fé.
Que ao celebrarmos os 30 anos de nossa diocese de Ituiutaba e os 50 anos de abertura do Concílio Vaticano II, o Espírito Santo ilumine nossa caminhada com os jovens em vista da Jornada Mundial da Juventude e, o mesmo Espírito Santo nos ajude a acolher o Ano da Fé.
Amém!

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