quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Início da Quaresma e da Campanha da Fraternidade - 2024

“Por isso nos diz o Senhor: entra no segredo, volta ao centro de ti mesmo. Aí onde se abrigam também tantos medos, sentimentos de culpa e pecados, precisamente aí desceu o Senhor para te curar e purificar. Entremos no nosso quarto interior: aí habita o Senhor, é acolhida a nossa fragilidade e somos amados sem condições.” (Papa Francisco)









quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

LEIA A MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA A CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2024 “FRATERNIDADE E AMIZADE SOCIAL”


O Papa Francisco enviou a já tradicional mensagem por ocasião da abertura da Campanha da Fraternidade. O pontífice manifestou o desejo de que a CF, “uma vez mais”, auxilie as pessoas e comunidades do Brasil “no seu processo de conversão ao Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, superando toda divisão, indiferença, ódio e violência”. O texto enviado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) por ocasião da abertura da campanha foi divulgado hoje, 14 de fevereiro, Quarta-feira de Cinzas.

Em sua mensagem, Francisco une-se ao episcopado brasileiro em ação de graças pelos 60 anos da campanha celebrada em âmbito nacional e destaca do tema o convite a, como irmãos e irmãs, “construir uma verdadeira fraternidade universal que favoreça a nossa vida em sociedade e a nossa sobrevivência sobre a Terra, nossa Casa Comum, sem jamais perdermos de vista o Céu, onde o Pai nos acolherá a todos como seus filhos e filhas”.

A CF 2024 tem como tema “Fraternidade e Amizade Social” e o lema “Vós sois todos irmãos e irmãs” (cf. Mt 23, 8). Seu objetivo geral é despertar para o valor e a beleza da fraternidade humana, promovendo e fortalecendo os vínculos da amizade social, para que, em Jesus Cristo, a paz seja realidade entre todas as pessoas e povos.

 

Queridos irmãos e irmãs do Brasil

Ao iniciarmos, com jejum, penitência e oração, a caminhada quaresmal, uno-me aos meus irmãos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil num hino de ação de graças ao Altíssimo pelos 60 anos da Campanha da Fraternidade, um itinerário de conversão que une fé e vida, espiritualidade e compromisso fraterno, amor a Deus e amor ao próximo, especialmente àquele mais fragilizado e necessitado de atenção. Este percurso é proposto cada ano à Igreja no Brasil e a todas as pessoas de boa vontade desta querida nação.

Neste ano, com o tema “Fraternidade e Amizade Social” e o lema “Vós sois todos irmãos e irmãs” (cf. Mt 23, 8), os bispos do Brasil convidam todo o povo brasileiro a trilhar, durante a Quaresma, um caminho de conversão baseado na Carta Encíclica Fratelli Tutti, que assinei em Assis, no dia 3 de outubro de 2020, véspera da memória litúrgica de São Francisco.

Como irmãos e irmãs, somos convidados a construir uma verdadeira fraternidade universal que favoreça a nossa vida em sociedade e a nossa sobrevivência sobre a Terra, nossa Casa Comum, sem jamais perdermos de vista o Céu, onde o Pai nos acolherá a todos como seus filhos e filhas.

Infelizmente, ainda vemos no mundo muitas sombras, sinais do fechamento em si mesmo. Por isso, lembro da necessidade de alargar os nossos círculos para chegarmos àqueles que, espontaneamente, não sentimos como parte do nosso mundo de interesses (cf. FT 97), de estender o nosso amor a “todo ser vivo” (FT 59), vencendo fronteiras e superando “as barreiras da geografia e do espaço” (FT 1).

Desejo que a Igreja no Brasil obtenha bons frutos nesse caminho quaresmal e faço votos que a Campanha da Fraternidade, uma vez mais, auxilie às pessoas e comunidades dessa querida nação no seu processo de conversão ao Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, superando toda divisão, indiferença, ódio e violência.

Confiando estes votos aos cuidados de Nossa Senhora Aparecida, e como penhor de abundantes graças celestes, concedo de bom grado a todos os filhos e filhas da querida nação brasileira, de modo especial àqueles que se empenham pela fraternidade universal, a Bênção Apostólica, pedindo que continuem a rezar por mim.

Roma, São João de Latrão, 25 de janeiro de 2024, festa litúrgica da conversão de São Paulo Apóstolo.

Franciscus


Fonte: CNBB 

  

Mensagem do Papa Francisco para a Campanha da Fraternidade - 2024


 

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

"Para a validade dos sacramentos, as fórmulas e a matéria não podem ser modificadas"

Na Festa do Batismo do Senhor, Papa Francisco batiza algumas crianças na Capela Sistina.
Imagem: Vatican News

Diante da perpetuação dos abusos litúrgicos, com a Nota “Gestis verbisque” o Dicastério para a Doutrina da Fé reitera que as palavras e os elementos estabelecidos no rito essencial de cada sacramento não podem ser alterados, porque neste caso o sacramento não existe.

Vatican News

Intitula-se “Gestis verbisque” a Nota do Dicastério para a Doutrina da Fé publicada neste sábado, 3 de fevereiro. Um texto discutido e aprovado pelos cardeais e bispos membros na recente Plenária do Dicastério e, portanto, aprovado pelo Papa Francisco, com o qual se reitera que as fórmulas e os elementos materiais estabelecidos no rito essencial do sacramento não podem ser alterados por vontade própria em nome da criatividade. Assim fazendo, de fato, o próprio sacramento não é válido e, portanto, nunca existiu. 

A apresentação de Fernández 

Na apresentação do documento, o cardeal Victor Fernández, prefeito do Dicastério, explica a sua gênese, isto é, "o multiplicar-se de situações em que se era obrigado a constatar a invalidade dos sacramentos celebrados" com modificações que "tinham depois levado à necessidade de rastrear as pessoas envolvidas para repetir o rito do batismo ou da crisma e um número significativo de fiéis expressou corretamente a sua preocupação".

São citadas como exemplo as alterações na fórmula do batismo, por exemplo: "Eu te batizo em nome do Criador..." e "Em nome do pai e da mãe... nós te batizamos". Circunstâncias que preocuparam também alguns sacerdotes, que "tendo sido batizados com fórmulas deste tipo, descobriram dolorosamente a invalidade da sua ordenação e dos sacramentos celebrados até então".

O cardeal explica que "enquanto em outros âmbitos da ação pastoral da Igreja se dispõe de amplo espaço para a criatividade", no âmbito da celebração dos sacramentos isso "transforma-se antes em uma “vontade manipuladora”".

Prioridade ao agir de Deus 

"Com eventos e palavras intimamente interligadas – lê-se na Nota doutrinária – Deus revela e realiza o seu plano de salvação para cada homem e mulher". Infelizmente "deve-se constatar que a celebração litúrgica, em particular a dos sacramentos, nem sempre se realiza em plena fidelidade aos ritos prescritos pela Igreja". A Igreja "tem o dever de assegurar a prioridade do agir de Deus e de salvaguardar a unidade do Corpo de Cristo naquelas ações que não têm igual porque são sagradas "por excelência" com uma eficácia garantida pela ação sacerdotal de Cristo". A Igreja é além disso "consciente de que administrar a graça de Deus não significa apropriar-se dela, mas tornar-se instrumento do Espírito no transmitir o dom de Cristo pascal. Ela sabe, em particular, que a sua potestas em relação aos sacramentos para diante da sua substância” e que “nos gestos sacramentais ela deve salvaguardar os gestos salvíficos que Jesus lhe confiou”.

Matéria e forma 

A Nota explica, portanto, que "a matéria do sacramento consiste na ação humana por meio da qual Cristo age. Nela, às vezes, está presente um elemento material (água, pão, vinho, óleo), outras vezes um gesto particularmente eloquente (sinal da cruz, imposição de mãos, imersão, infusão, consentimento, unção)”.

Quanto à forma do sacramento, ela "é constituída pela palavra, que confere um significado transcendente à matéria, transfigurando o significado ordinário do elemento material e o sentido puramente humano da ação realizada. Tal palavra inspira-se sempre, em vários graus, na Sagrada Escritura, alicerça suas raízes na viva Tradição eclesial e foi definida com autoridade pelo Magistério da Igreja”. Portanto, matéria e forma "nunca dependeram e não podem depender da vontade de um único indivíduo ou de uma única comunidade".

Não se pode alterar 

O documento reitera que "para todos os sacramentos, em cada caso, sempre foi exigida a observância da matéria e da forma para a validade da celebração, com a consciência de que modificações arbitrárias de uma e/ou de outra – cuja gravidade e força que invalidam são verificadas de tempos em tempos comprometem a efetiva concessão da graça sacramental, com evidente dano aos fiéis”. O que se lê nos livros litúrgicos promulgados deve ser fielmente observado sem “acrescentar, retirar ou alterar nada”.

Acesse aqui a nota: GESTIS VERBISQUE

Com informações e fotos: VATICAN NEWS

Acesse também: CNBB


sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

O Papa: abençoar as pessoas e não a união, a bênção não exige perfeição moral

Participantes da Plenária do Dicastério para a Doutrina da Fé

Durante o encontro com os participantes da plenária do Dicastério para a Doutrina da Fé o Santo Padre, dentre outras questões, enfatizou dois pontos sobre a Declaração Fiducia supplicans “mostrar concretamente a proximidade do Senhor e da Igreja” e que “não se abençoa a união, mas simplesmente as pessoas que juntas a solicitaram”. 

"A missão do Dicastério para a Doutrina da Fé é ajudar o Romano Pontífice e os Bispos no anúncio do Evangelho em todo o mundo, promovendo e tutelando a integridade da doutrina católica sobre a fé e a moral, como a recebe do depósito da fé e resulta de um entendimento cada vez mais profundo do mesmo face às novas questões” foi o que disse o Papa Francisco, citando a Constituição Apostólica Praedicate Evangelium, na manhã desta sexta-feira, 26 de janeiro, para os participantes da plenária do Dicastério para a Doutrina da Fé.

Seção Doutrinal e Seção Disciplinar

Para que o Dicastério pudesse cumprir com a sua missão o Santo Padre recordou as mudanças feitas com o motu próprio Fidem Servare de 2022, com o qual “foram criadas duas Seções distintas dentro do Dicastério: a Seção Doutrinal e a Seção Disciplinar”. O Papa enfatizou “a importância da presença de profissionais competentes na Seção Disciplinar, para garantir a atenção e o rigor na aplicação da legislação canônica vigente, particularmente no tratamento de casos de abuso de menores por parte de clérigos, e para promover iniciativas de formação canônica para Ordinários e profissionais do direito” e que também insistiu “na urgência de dar mais espaço e atenção ao âmbito próprio da Seção Doutrinal, onde não faltam teólogos formados e pessoal qualificado, também para o trabalho no Ofício Matrimonial e nos Arquivos.” Papa Francisco afirmou que o Dicastério “se vê comprometido com a compreensão da fé em face das mudanças que caracterizam nosso tempo.” 

Sacramentos, dignidade e fé

O Papa compartilhou com algumas reflexões com os participantes da plenária em torno de três palavras: sacramentos dignidade e fé:

Sacramentos: “nestes dias, vocês refletiram sobre o tema da validade dos Sacramentos. A vida da Igreja é nutrida e cresce graças a eles. Por essa razão, é necessário um cuidado especial dos ministros ao administrá-los e ao revelar aos fiéis os tesouros de graça que eles comunicam. Por meio dos sacramentos, os fiéis se tornam capazes de profecia e testemunho. E o nosso tempo tem uma necessidade particularmente urgente de profetas de vida nova e de testemunhas da caridade: amemos e façamos amar, portanto, a beleza e o poder salvífico dos Sacramentos!” 

Dignidade: “como cristãos, não devemos nos cansar de insistir no ‘primado da pessoa humana e a defesa da sua dignidade, independentemente das circunstâncias’. Sei que vocês estāo trabalhando em um documento sobre esse assunto. Espero que ele possa nos ajudar, como Igreja, a estar sempre próximos ‘de todos aqueles que, sem proclamações, na vida concreta de cada dia, lutam e pagam pessoalmente para defender os direitos daqueles que não contam’ e garantir que, ‘perante as várias formas atuais de eliminar ou ignorar os outros, sejamos capazes de reagir com um novo sonho de fraternidade e amizade social que não se limite a palavras’.” 

Fé: “(...) não podemos esconder o fato de que, em vastas áreas do planeta, a fé - como disse Bento XVI - "não só deixou de existir, mas frequentemente acaba até negada." É hora, portanto, de refletir novamente e com maior paixão sobre alguns temas: a proclamação e a comunicação da fé no mundo de hoje, especialmente para as gerações mais jovens; a conversão missionária das estruturas eclesiais e dos agentes pastorais; as novas culturas urbanas, com sua carga de desafios, mas também de questões de significado sem precedentes; finalmente e acima de tudo, a centralidade do querigma na vida e na missão da Igreja.”

A fé em Cristo Jesus

Francisco disse que “o que para nós é essencial, mais belo, mais atraente e, ao mesmo tempo mais necessário, é a fé em Cristo Jesus. Todos juntos, se Deus quiser, nós a renovaremos solenemente durante o próximo Jubileu e cada um de nós é chamado a proclamá-la a todos os homens e mulheres da Terra. Essa é a tarefa fundamental da Igreja, à qual dei voz precisamente na Evangelii gaudium.”

Uma ajuda no caminho de fé

Dando continuidade ao seu discurso o Papa fez uma menção a recente Declaração Fiducia supplicans: “a intenção das "bênçãos pastorais e espontâneas" é mostrar concretamente a proximidade do Senhor e da Igreja a todos aqueles que, encontrando-se em diferentes situações, pedem ajuda para continuar - às vezes para começar - um caminho de fé. Gostaria de enfatizar brevemente duas coisas: a primeira é que essas bênçãos, fora de qualquer contexto e forma litúrgica, não exigem perfeição moral para serem recebidas; a segunda é que, quando um casal se aproxima espontaneamente para pedi-la, não se abençoa a união, mas simplesmente as pessoas que juntas a solicitaram. Não a união, mas as pessoas, naturalmente levando em conta o contexto, as sensibilidades, dos lugares onde vocês vivem e as maneiras mais adequadas de fazê-lo.”

Ao concluir o discurso Francisco agradeceu a todos e os incentivou “incentivo a seguir em frente com a ajuda do Senhor.”

Padre Pedro André, SDB – Vatican News



Fonte: Vatican News


quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Assembleia Ampliada do CONSER é concluída com manhã de oração e partilha

O último dia começou com a Missa com Laudes, que foi presidida por Dom Emanuel Messias de Oliveira, bispo de Caratinga (MG), e concelebrada por Dom Paulo Mendes Peixoto, arcebispo de Uberaba (MG) e Dom José Luiz Majella Delgado, C.Ss.R, arcebispo de Pouso Alegre (MG). Dom Hugo María Van Steekelenburg, O.F.M., bispo emérito de Almenara (MG), esteve presente na Casa de Retiros São José, para acompanhar a programação desta quinta-feira.

Em seguida, os participantes tiveram outro momento de partilha no plenário para a exposição de uma síntese final, elaborada a partir do que foi discutido pelos grupos. Com isso, foi possível identificar ações que já existem e precisam ser potencializadas em nível regional e diocesano, como a formação, as instâncias de comunhão e o processo sinodal.

Também foi identificado as dificuldades que comprometem a caminhada, sendo como principal a dificuldade em escutar. Tornando essencial a melhoraria da capacidade de acolher, acompanhar, discernir e integrar.

A assembleia foi concluída com um momento orante conduzido por Dom José Carlos de Souza Campos, que agradeceu a presença de todos. “Que em paz na proteção de Deus sigamos nossos caminhos, após esses dias de muito trabalho”, finalizou.








Nova coordenação dos coordenadores de Pastoral

Foi informado, durante a última sessão de trabalho, que houve eleição dos padres que assumirão a coordenação dos coordenadores de Pastoral das dioceses. Os eleitos foram:



Coordenador: Pe. Márcio Rodrigo Mota – Diocese de Itabira e Coronel Fabriciano (MG)










Vice coordenador: Pe. Rogério de Jesus – Diocese de Janaúba (MG)









Secretário: Pe. José Geraldo de Oliveira – Arquidiocese de Mariana (MG)

 



Fotos: Assessoria de comunicação da CNBB Leste 2

Fonte: CNBB Regional Leste 2

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quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Reflexão sobre a espiritualidade da ação pastoral marca dia de programação

Na manhã desta quarta-feira, 29 de novembro, as atividades do dia foram iniciadas com a Missa com Laudes, que foi presidida pelo bispo de Teófilo Otoni (MG), Dom Messias dos Reis Silveira, ladeado por Pe. João Veloso Arantes, clero da diocese de Luz (MG), e Pe. Nereu Pacífico dos Reis, clero da arquidiocese de Diamantina (MG).

Dando continuidade as sessões de trabalho, os nove grupos tiveram a oportunidade de apresentar seus apontamentos em plenário. A partir disso, o Pe. Geraldo Luiz de Mori fez sugestões para que seja possível colocar as ideias em prática durante a caminhada da Igreja em Minas Gerais no próximo ano.

A parte da tarde está sendo dedicada ao Retiro Espiritual conduzido pela Ir. Zuleica, com o tema “Espiritualidade da ação pastoral”. A iniciativa foi elaborada para que os participantes se reconectem com sua espiritualidade e recarreguem as energias. “Que seja um momento para reavivar nossa adesão a Jesus, recordar a nossa missão e colocar nosso dom a serviço da a Igreja”, relatou Ir. Zuleica Silvano.

O horário da noite foi disponibilizado para sessões privativas, caso algum grupo quisesse se reunir e conversar sobre temáticas especificas.






Fotos: Assessoria de comunicação da CNBB Leste 2

Fonte: CNBB Regional Leste 2