
O papa considera que a oração pelos
mortos é "não só útil, mas necessária", deixando votos de que "o pranto,
devido ao afastamento terreno, não prevaleça sobre a certeza da
ressurreição". "Também a visita aos cemitérios, ao mesmo tempo que
guarda os laços de afeto com aqueles que nos amaram nesta vida,
recorda-nos que todos tendemos para uma outra vida, para lá da morte",
observou. "A comemoração dos fiéis defuntos, à qual é dedicada o dia 2
de novembro, ajuda-nos a recordar os nossos entes queridos que nos
deixaram e todas as almas a caminho da plenitude da vida, precisamente
no horizonte da Igreja celestial, à qual a Solenidade de hoje nos
elevou", prosseguiu Bento XVI, perante milhares de pessoas congregadas
na Praça de São Pedro.
Aos fiéis de língua espanhola, o papa
disse: "Na solenidade de Todos os Santos, a Liturgia nos convida a
contemplar o amor infinito de Deus, que se reflete na vitória daqueles
que já gozam de sua glória no céu. É o amor do Pai que nos chama a
sermos seus filhos, nos entrega sue próprio Filho para redimir-nos com
seu sangue purificador. Por isso nos proclama felizes também quando
sofremos alguma tribulação, porque nEle depositamos nossa esperança.
Respondamos com generosidade e coerência a este dom, que foi derramado
em nossos corações, sendo Santos como Deus é Santo, para que também em
nós se manifeste sua glória".