Mariana explicou que a sinodalidade, mais do que uma metodologia, é um modo de ser Igreja. Trata-se de um processo contínuo de escuta e discernimento, no qual todos os batizados são chamados a participar e a assumir com responsabilidade a missão evangelizadora. Essa conversão pastoral exige mudanças nas formas de decisão e na cultura comunitária, superando posturas individualistas e fortalecendo os conselhos e espaços de diálogo como verdadeiros lugares de comunhão. Mais do que existirem formalmente, esses organismos precisam expressar um estilo de Igreja que caminha junto e aprende a construir consensos na escuta do Espírito.
Durante a reflexão, foi ressaltado a importância de compreender o dízimo como expressão da corresponsabilidade dos fiéis pela missão da Igreja, e não apenas como contribuição financeira. Quando os membros da comunidade reconhecem que o dízimo sustenta não só o templo, mas também toda a ação evangelizadora e caritativa, o gesto se torna sinal de fé e de comunhão. Nesse sentido, a transparência foi apontada como elemento essencial para fortalecer o senso de pertencimento e a confiança nas comunidades. Tornar claros os gastos e as ações pastorais, segundo ela, ajuda os fiéis a compreenderem que são parte ativa da missão e que a Igreja vai muito além do espaço celebrativo.
O texto-base apresentado durante a Assembleia é uma nova
versão do documento de trabalho que orientará as discussões sobre as Diretrizes
Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil para o período de 2026 a
2030. A proposta ainda passará por apreciação e aprovação na próxima Assembleia
Geral dos Bispos, prevista para 2026.
As DGAE, inspiradas pelo processo sinodal, indicam quatro caminhos prioritários para a evangelização: a iniciação à vida cristã, a formação de comunidades de discípulos missionários, a liturgia e piedade popular, e o cuidado com as fragilidades humanas e ambientais. Para que isso aconteça, a formação no estilo sinodal é indispensável, um aprendizado constante de escuta, participação e discernimento comunitário.
O segundo dia da Assembleia foi encerrado com a
celebração das Vésperas, presidida por Dom Geovane Luís, bispo da Diocese de
Divinópolis.
Fonte: REGIONAL LESTE 2






































