“Hoje elevamos ao Senhor um hino de ação de graças pelos
73 anos de fundação Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (…) Quero
expressar essa alegria e o quanto me honra presidir essa Eucaristia”. Com esta
frase o secretário-geral da CNBB, do Ricardo Hoepers, iniciou sua homilia na
Santa Missa de aniversário da entidade, dia 14 de outubro. A celebração do
aniversário da CNBB teve como inspiração o lema: “Testemunha de Esperança
e Promotora da Vida”.
A missa, na capela Nossa Senhora Aparecida, na sede da CNBB
em Brasília, contou com a participação do Núncio Apostólico do Brasil, dom
Giambattista Diquattro, arcebispo e bispo auxiliar de Brasília, dom Paulo Cezar
e dom Antônio Aparecido de Marcos Filho, do arcebispo emérito de Brasília e
prefeito emérito do Dicastério para os Institutos de Vida, o cardeal dom João
Braz de Aviz, de colaboradores e assessores da conferência.
Dom Ricardo fez memória dos bispos presentes na criação
da CNBB, em 14 de outubro de 1952, e retomou o trecho de uma fala de dom
Geraldo Lyrio nos 70 anos da CNBB, em Aparecida: “A CNBB nasceu para que assim
se expressasse a comunhão no episcopado brasileiro em vista da missão num
momento em que o país passava por transformações”. Confira a íntegra da homilia
no site da CNBB.
O secretário-geral da CNBB também lembrou dos encontros
que prepararam a criação da CNBB nos regionais: “O encontro dos bispos e prelados
da Amazônia, dos bispos do Nordeste, dos bispos do vale de São Francisco”. De
acordo com dom Ricardo, forma iniciativas de grandes reuniões do episcopado
para estudar os desafios da realidade e qual seria a resposta da Igreja a esses
desafios.
Dom Ricardo disse que a mesma convicção que animou São Paulo,
na primeira leitura do dia, animou os bispos brasileiros quando fundaram a
CNBB: “Eles acreditaram que o Evangelho é capaz de transformar o Brasil,
iluminando a vida pública, as relações sociais, a economia e a cultura”,
reforçou.
“Durante sete décadas, a CNBB tem sido voz do Evangelho
no coração do país, defendendo a vida, promovendo a justiça social, o cuidado
com os pobres, a educação, a saúde, a ecologia integral e os direitos humanos.
Foi assim nas grandes transformações do Brasil – na redemocratização, na
Constituição, nas Campanhas da Fraternidade”, disse dom Ricardo.
“CNBB: corpo vivo a serviço do Evangelho”
O bispo auxiliar de Brasília, em referência ao Evangelho
do dia, disse que a Conferência não é apenas uma estrutura ou escritório
eclesial. “É um corpo vivo de serviço ao Evangelho e ao Povo de Deus”. Dom
Ricardo disse que tudo o que é feito na CNBB – das reuniões e assembleias à
produção de documentos – precisa brotar de um coração puro, que ama a Igreja e
serve com humildade”.
“Na perspectiva da Palavra proclamada, a força da CNBB
não está em seus números, nem eu sua influência institucional, mas na
autenticidade evangélica de quem a compõe: fidelidade, dedicação e zelo de cada
bispos que em sua Igreja Particular faz o Reino de Deus acontecer”, disse.
Dom Ricardo reforçou que é parte da missão da CNBB
favorecer a comunhão e a participação na vida e nas atividades eclesiais das
diversas categorias do povo de Deus – ministros ordenados, membros de
Institutos de vida consagrada e leigos – discernindo e valorizando seus
carismas.
“Ao celebrar estes 73 anos, renovemos o ardor da missão.
Missão essa que será expressa mais uma vez nas Diretrizes que deverão ser
aprovadas na próxima Assembleia em 2026”, reforçou.
Por fim, o secretário-geral da CNBB refirmou que a missão
da CNBB é ajudar o Brasil a reencontrar o caminho da fraternidade, o novo nome
da paz. “A CNBB, com sua tradição de diálogo e serviço, é chamada a ser sinal
de unidade e esperança, num país ferido por desigualdades e polarizações”,
concluiu.
Fonte: CNBB