A Comissão
Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB) divulgou orientações e sugestões para a Semana Santa deste ano de 2021.
O documento oferece indicações frente às exigências sanitárias no contexto da
pandemia da Covid-19, as quais interferem “de maneira extraordinária no modo de
bem celebrarmos esses sagrados dias”.
“Novamente esta Semana Maior, a Semana Santa, será
celebrada no contexto da pandemia da COVID – 19, que desde o ano passado nos
obrigou a elaborar e adotar normas e práticas de segurança sanitárias que
buscassem garantir a defesa e a conservação da vida de nossos fiéis, pelo
cuidado com a não disseminação do vírus em nossas celebrações litúrgicas”,
afirma o bispo de Paranaguá (PR) e presidente da Comissão para a Liturgia da
CNBB, dom Edmar Peron.
A decisão em dar as
orientações surgiu na reunião virtual da Comissão no último dia 10 de março. Na
ocasião, os membros consideraram importante oferecer aos bispos, “primeiros
responsáveis pela vida litúrgica de suas Igrejas Particulares”, as indicações
que levam em consideração as orientações litúrgicas divulgadas
em maio do ano passado pela própria comissão, bem como pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos,
em fevereiro de 2020.
Orientações
Para o Domingo de
Ramos, as principais orientações indicam que sejam evitadas procissões; que a
celebração seja feita com a segunda fórmula prevista pelo Missal Romano, dentro
das igrejas; e que os fiéis sejam exortados a levar para a missa os seus
próprios ramos.
A Missa do Crisma
poderá ser celebrada, a juízo do bispo diocesano, na medida do possível, com
uma representação de “pastores, ministros e fiéis”, na quinta-feira santa pela
manhã ou em outro dia, preferencialmente ainda dentro do Tempo Pascal.
Para a Missa da
Ceia do Senhor, a Comissão para a Liturgia orienta que seja omitido o Rito do
Lava-pés, bem como a transladação do Santíssimo Sacramento, que deve ser
conservado no tabernáculo.
O documento também
oferece a mesma oração do ano passado para a intenção particular que pode ser
inserida na Oração Universal durante a Celebração da Sexta-feira Santa. Para a
Adoração da Santa Cruz, “seja utilizada a genuflexão simples ou outro gesto
apropriado, evitando a utilização do beijo ou qualquer outro contato físico”.
“Concebidas para tempos normais, as normas e
diretrizes contidas nos livros litúrgicos não são inteiramente aplicáveis em
tempos excepcionais de crise como estes. Portanto, o Bispo, como moderador da
vida litúrgica na sua Igreja, é chamado a tomar decisões prudentes para que as
celebrações litúrgicas se desenvolvam frutuosamente para o Povo de Deus e para
o bem das almas que lhe são confiadas, no respeito da salvaguarda da saúde e
das prescrições das autoridades responsáveis pelo bem comum”
A Comissão
Episcopal Pastoral para a Liturgia da CNBB recorda a encíclica Fratelli Tutti e
deseja que a celebração do Mistério da Páscoa “reafirme aquela esperança ousada
que sabe olhar para além das comodidades pessoais, das pequenas seguranças e compensações
que reduzem o horizonte, para se abrir aos grandes ideais que tornam a vida
mais bela e digna’. Caminhemos na esperança!” (Fratelli Tutti, n. 55).
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