“Por isso nos diz o Senhor: entra no segredo, volta ao centro de ti mesmo. Aí onde se abrigam também tantos medos, sentimentos de culpa e pecados, precisamente aí desceu o Senhor para te curar e purificar. Entremos no nosso quarto interior: aí habita o Senhor, é acolhida a nossa fragilidade e somos amados sem condições.” (Papa Francisco)
DIOCESE DE ITUIUTABA - (Dioecesis Ituiutabensis) - A Diocese de Ituiutaba é uma divisão territorial da Igreja Católica no Estado de Minas Gerais. Sua sede é o município de Ituiutaba. Foi criada em 16 de outubro de 1982 pelo Papa São João Paulo II pela Bula Quo Melius, que quer dizer: Quanto Melhor, de 16 de outubro de 1982. A Diocese de Ituiutaba tem uma área de 22.397,8 Km².
quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024
LEIA A MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA A CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2024 “FRATERNIDADE E AMIZADE SOCIAL”
Em sua mensagem, Francisco une-se ao episcopado
brasileiro em ação de graças pelos 60 anos da campanha celebrada em âmbito
nacional e destaca do tema o convite a, como irmãos e irmãs, “construir uma
verdadeira fraternidade universal que favoreça a nossa vida em sociedade e a
nossa sobrevivência sobre a Terra, nossa Casa Comum, sem jamais perdermos de
vista o Céu, onde o Pai nos acolherá a todos como seus filhos e filhas”.
A CF 2024 tem como tema “Fraternidade e Amizade Social” e
o lema “Vós sois todos irmãos e irmãs” (cf. Mt 23, 8). Seu objetivo geral é
despertar para o valor e a beleza da fraternidade humana, promovendo e
fortalecendo os vínculos da amizade social, para que, em Jesus Cristo, a paz
seja realidade entre todas as pessoas e povos.
Queridos irmãos e irmãs do Brasil
Ao iniciarmos, com jejum, penitência e oração, a caminhada quaresmal, uno-me aos meus irmãos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil num hino de ação de graças ao Altíssimo pelos 60 anos da Campanha da Fraternidade, um itinerário de conversão que une fé e vida, espiritualidade e compromisso fraterno, amor a Deus e amor ao próximo, especialmente àquele mais fragilizado e necessitado de atenção. Este percurso é proposto cada ano à Igreja no Brasil e a todas as pessoas de boa vontade desta querida nação.
Neste ano, com o tema “Fraternidade e Amizade Social” e o lema “Vós sois todos irmãos e irmãs” (cf. Mt 23, 8), os bispos do Brasil convidam todo o povo brasileiro a trilhar, durante a Quaresma, um caminho de conversão baseado na Carta Encíclica Fratelli Tutti, que assinei em Assis, no dia 3 de outubro de 2020, véspera da memória litúrgica de São Francisco.
Como irmãos e irmãs, somos convidados a construir uma verdadeira fraternidade universal que favoreça a nossa vida em sociedade e a nossa sobrevivência sobre a Terra, nossa Casa Comum, sem jamais perdermos de vista o Céu, onde o Pai nos acolherá a todos como seus filhos e filhas.
Infelizmente, ainda vemos no mundo muitas sombras, sinais do fechamento em si mesmo. Por isso, lembro da necessidade de alargar os nossos círculos para chegarmos àqueles que, espontaneamente, não sentimos como parte do nosso mundo de interesses (cf. FT 97), de estender o nosso amor a “todo ser vivo” (FT 59), vencendo fronteiras e superando “as barreiras da geografia e do espaço” (FT 1).
Desejo que a Igreja no Brasil obtenha bons frutos nesse caminho quaresmal e faço votos que a Campanha da Fraternidade, uma vez mais, auxilie às pessoas e comunidades dessa querida nação no seu processo de conversão ao Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, superando toda divisão, indiferença, ódio e violência.
Confiando estes votos aos cuidados de Nossa Senhora Aparecida, e como penhor de abundantes graças celestes, concedo de bom grado a todos os filhos e filhas da querida nação brasileira, de modo especial àqueles que se empenham pela fraternidade universal, a Bênção Apostólica, pedindo que continuem a rezar por mim.
Roma, São João de Latrão, 25 de janeiro de 2024, festa litúrgica da conversão de São Paulo Apóstolo.
Franciscus
Fonte: CNBB
terça-feira, 6 de fevereiro de 2024
"Para a validade dos sacramentos, as fórmulas e a matéria não podem ser modificadas"
Diante da perpetuação dos abusos litúrgicos, com a Nota “Gestis verbisque” o Dicastério para a Doutrina da Fé reitera que as palavras e os elementos estabelecidos no rito essencial de cada sacramento não podem ser alterados, porque neste caso o sacramento não existe.
Vatican News
Intitula-se “Gestis verbisque” a Nota do Dicastério para a Doutrina da Fé publicada neste sábado, 3 de fevereiro. Um texto discutido e aprovado pelos cardeais e bispos membros na recente Plenária do Dicastério e, portanto, aprovado pelo Papa Francisco, com o qual se reitera que as fórmulas e os elementos materiais estabelecidos no rito essencial do sacramento não podem ser alterados por vontade própria em nome da criatividade. Assim fazendo, de fato, o próprio sacramento não é válido e, portanto, nunca existiu.
A apresentação de Fernández
Na apresentação do documento,
o cardeal Victor Fernández, prefeito do Dicastério, explica a sua gênese, isto
é, "o multiplicar-se de situações em que se era obrigado a constatar a
invalidade dos sacramentos celebrados" com modificações que "tinham depois
levado à necessidade de rastrear as pessoas envolvidas para repetir o rito do
batismo ou da crisma e um número significativo de fiéis expressou corretamente
a sua preocupação".
São citadas como exemplo as
alterações na fórmula do batismo, por exemplo: "Eu te batizo em nome do
Criador..." e "Em nome do pai e da mãe... nós te batizamos". Circunstâncias que
preocuparam também alguns sacerdotes, que "tendo sido batizados com fórmulas
deste tipo, descobriram dolorosamente a invalidade da sua ordenação e dos
sacramentos celebrados até então".
O cardeal explica que "enquanto em outros âmbitos da ação pastoral da Igreja se dispõe de amplo
espaço para a criatividade", no âmbito da celebração dos sacramentos isso "transforma-se antes em uma “vontade manipuladora”".
Prioridade ao agir de Deus
"Com eventos e palavras
intimamente interligadas – lê-se na Nota doutrinária – Deus revela e realiza o
seu plano de salvação para cada homem e mulher". Infelizmente "deve-se
constatar que a celebração litúrgica, em particular a dos sacramentos, nem
sempre se realiza em plena fidelidade aos ritos prescritos pela Igreja". A
Igreja "tem o dever de assegurar a prioridade do agir de Deus e de salvaguardar
a unidade do Corpo de Cristo naquelas ações que não têm igual porque são
sagradas "por excelência" com uma eficácia garantida pela ação sacerdotal de
Cristo". A Igreja é além disso "consciente de que administrar a graça de Deus
não significa apropriar-se dela, mas tornar-se instrumento do Espírito no
transmitir o dom de Cristo pascal. Ela sabe, em particular, que a sua potestas em
relação aos sacramentos para diante da sua substância” e que “nos gestos
sacramentais ela deve salvaguardar os gestos salvíficos que Jesus lhe confiou”.
Matéria e forma
A Nota explica, portanto, que "a matéria do sacramento consiste na ação humana por meio da qual Cristo age.
Nela, às vezes, está presente um elemento material (água, pão, vinho, óleo),
outras vezes um gesto particularmente eloquente (sinal da cruz, imposição de
mãos, imersão, infusão, consentimento, unção)”.
Quanto à forma do sacramento, ela "é constituída pela palavra, que confere um significado transcendente à matéria, transfigurando o significado ordinário do elemento material e o sentido puramente humano da ação realizada. Tal palavra inspira-se sempre, em vários graus, na Sagrada Escritura, alicerça suas raízes na viva Tradição eclesial e foi definida com autoridade pelo Magistério da Igreja”. Portanto, matéria e forma "nunca dependeram e não podem depender da vontade de um único indivíduo ou de uma única comunidade".
Não se pode alterar
O documento reitera que "para todos
os sacramentos, em cada caso, sempre foi exigida a observância da matéria e da
forma para a validade da celebração, com a consciência de que modificações
arbitrárias de uma e/ou de outra – cuja gravidade e força que invalidam são
verificadas de tempos em tempos comprometem a efetiva concessão da graça
sacramental, com evidente dano aos fiéis”. O que se lê nos livros litúrgicos
promulgados deve ser fielmente observado sem “acrescentar, retirar ou alterar
nada”.
Acesse aqui a nota: GESTIS VERBISQUE
Com informações e fotos: VATICAN NEWS
Acesse também: CNBB